sábado, 15 de setembro de 2012

Exagero

Cinco da manhã. Aterro finalmente em Munique, depois de 12 horas de voo, apertado entre uma janela e uma alemã bonita, de peito avantajado que parecia tentar libertar-se de um sutiã se calhar demasiado pequeno. Ameaçava “explodir” a qualquer momento, mas a lingerie aguentou pelo menos até ao desembarque.

Tenho voo para Madrid dentro de três horas e como não dá tempo para visitar a cidade, que fica a 45 minutos de combóio, fico-me pelo aeroporto. Entro numa loja de venda de jornais e revistas. Os jornais do dia ainda não chegaram, os de ontem já foram retirados, ou completamente vendidos.
Viro-me para as revistas. Há-as em alemão, em inglês e em francês. Para todos os gostos e idades, pr’ó menino e pr’á menina.Contraste flagrante com a oferta em Xangai: revistas desportivas contei 74 títulos diferentes, desde as generalistas às especializadas. E não contei as de pesca nem as de caça, que por vezes estão misturadas com as de deporto. Nem contei com uma também abundante oferta de livros sobre a matéria.
Em Xangai procurei revistas e jornais desportivos e não encontrei. Claro que não teria percebido o que lá estava escrito, mas interessava-me sobretudo perceber o grafismo, a paginação. Se em Xangai, há jornais ou revistas especializadas em desporto não sei, não vi nenhuma.

É verdade que o Desporto é se calhar a única coisa que nos vai dando algumas alegrias. Ainda assim penso que lhe damos uma importância exagerada, a merecer uma análise sociológica que não deve ser feita por mim.

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