Tenho voo para Madrid dentro de três horas e como não dá
tempo para visitar a cidade, que fica a 45 minutos de combóio, fico-me pelo
aeroporto. Entro numa loja de venda de jornais e revistas. Os jornais do dia
ainda não chegaram, os de ontem já foram retirados, ou completamente vendidos.
Viro-me para as revistas. Há-as em alemão, em inglês e em
francês. Para todos os gostos e idades, pr’ó menino e pr’á menina.Contraste flagrante com a oferta em Xangai: revistas
desportivas contei 74 títulos diferentes, desde as generalistas às
especializadas. E não contei as de pesca nem as de caça, que por vezes estão
misturadas com as de deporto. Nem contei com uma também abundante oferta de
livros sobre a matéria.
Em Xangai procurei revistas e jornais desportivos e não
encontrei. Claro que não teria percebido o que lá estava escrito, mas
interessava-me sobretudo perceber o grafismo, a paginação. Se em Xangai, há jornais
ou revistas especializadas em desporto não sei, não vi nenhuma.
É verdade que o Desporto é se calhar a única coisa que nos
vai dando algumas alegrias. Ainda assim penso que lhe damos uma importância
exagerada, a merecer uma análise sociológica que não deve ser feita por mim.
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