Este ano, foi introduzida uma novidade, um contrarrelógio por equipas, mas Bradley Wiggins e Chris Froome, que foram primeiro e segundo na Volta a França (e Wiggins foi campeão olímpico em Londres e Froome foi quarto na Volta a Espanha), não participaram, tal como os australianos Riche Porte e Michael Rogers, que também são considerados especialsitas no contrarrelógio. Alberto Contador, que regressou de suspensão para ganhar a Volta a Espanha, também não.
Nesta prova, em princípio deveriam ter participado dois
portugueses: Hernâni Broco, da Caja Rural e Rui Costa, da Movistar, mas este
último acabou por não alinhar por ter sido picado por uma abelha.
Custa entender como um ciclista pode subir montanhas com
inclinações que por vezes ultrapassam os 20 por cento e não suporta uma picada
de abelha. O ciclismo é uma modalidade de sofrimento. Os ciclistas caem e
levantam-se com os joelhos, os ombros, os cotovelos a escorrer sangue e
prosseguem a etapa. Nos anos 70, houve um, Guilherme Rocha, que fez várias
etapas da Volta a Portugal, com um braço ao peito, depois de uma fratura
durante o prólogo.
Mas talvez o Campeonato do Mundo de ciclismo não passe mesmo
de uma mera Taça da Liga e não mereça o sacrifício que os ciclistas estão
dispostos a fazer noutras competições.
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