segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Até ao fim!

No seu primeiro jogo em Coimbra, depois de se ter estreado com uma derrota em Braga, eu estava na linha da frente para lhe desejar felicidades: “- Bem-vindo a casa, Mister!”, gritei-lhe quando ele entrava para os balneários antes da partida com o Moreirense, no ano passado.

Confesso que tive dificuldade em acreditar que Sérgio Conceição voltasse a Coimbra e à “sua” Académica enquanto José Eduardo Simões fosse presidente do clube. Ainda bem que voltou. Ganhou aquele jogo com o Moreirense e a equipa manteve-se na I Liga quando já poucos acreditavam.

Agora, a Académica está em último lugar, com oito pontos, e encerra esta noite, contra o Olhanense, o primeiro terço da época. A temporada não tem corrido bem, exceção feita para a carreira na Taça de Portugal. No Campeonato – já para não falar da Taça da Liga – é que as coisas não têm corrido de feição.

Mas: como ganhar jogos se não há quem marque golos? A Briosa tem o pior ataque dos últimos anos. No defeso, Sérgio Conceição perdeu Edinho (13 golos no ano passado) Salim Cissé (seis) e Wilson Eduardo (seis, também). Estes jogadores representaram mais de 75 por cento dos golos marcados pela equipa.

Compreensão, portanto, para as dificuldades que o treinador necessariamente sente na construção de um ataque acutilante. Antes, no entanto, e acima de tudo, admiração e apreço por alguém que sente a Académica como Sérgio Conceição sente. Um treinador que sofre pelo seu clube e que chora (escrevi “chora” sem aspas) pela Académica será sempre o meu treinador.

Por isso não tenho dúvidas: por mim, é Sérgio Conceição até ao fim.