A Assembleia Geral que os clubes da Liga pretendiam realizar
esta tarde, e que se transformou em simples reunião numa bomba de gasolina
porque a sede do organismo tinha sido encerrada é mais um capítulo do
anedotário em que se tornou o Futebol português. As imagens dos dirigentes a
protegerem-se da chuva sob um toldo da estação de serviço, revela bem que a
qualidade do Futebol jogado dentro das quatro linhas é incomparavelmente
superior à dos seus dirigentes.
Desengane-se quem pensava que já tinha visto de tudo. Um
porco a andar de bicicleta? O que é isso, comparado a 16 ilustres presidentes de
clubes, reunidos numa bomba de gasolina porque a organização a que pertencem
não lhes permite entrar na sede? Filme-se o ato e tirem-se fotografias,
arrolem-se testemunhas e comunique-se o caso ao livro Guinness, que o recorde
do ridículo voltou a ser batido.
Os clubes contestatários, que pretendem dar guia de marcha presidente
da Liga, Mário Figueiredo, foram proibidos de entrar nas instalações do
organismo. Ficou assim adiado, mais uma vez – era a quarta tentativa – o
saneamento.
Para o presidente da Académica, José Eduardo Simões, que tem
servido de porta-voz dos reclamantes, "isto é o limite da baixeza. Não sei
se haverá ainda um limite inferior para a baixeza e indignidade, tendo em conta
as pessoas que mandam na Liga", afirmou. Vai ver que há. É só esperar os
próximos capítulos.
Sem comentários:
Enviar um comentário