sexta-feira, 4 de abril de 2014

Não perca os próximos capítulos

A Assembleia Geral que os clubes da Liga pretendiam realizar esta tarde, e que se transformou em simples reunião numa bomba de gasolina porque a sede do organismo tinha sido encerrada é mais um capítulo do anedotário em que se tornou o Futebol português. As imagens dos dirigentes a protegerem-se da chuva sob um toldo da estação de serviço, revela bem que a qualidade do Futebol jogado dentro das quatro linhas é incomparavelmente superior à dos seus dirigentes.

Desengane-se quem pensava que já tinha visto de tudo. Um porco a andar de bicicleta? O que é isso, comparado a 16 ilustres presidentes de clubes, reunidos numa bomba de gasolina porque a organização a que pertencem não lhes permite entrar na sede? Filme-se o ato e tirem-se fotografias, arrolem-se testemunhas e comunique-se o caso ao livro Guinness, que o recorde do ridículo voltou a ser batido.

Os clubes contestatários, que pretendem dar guia de marcha presidente da Liga, Mário Figueiredo, foram proibidos de entrar nas instalações do organismo. Ficou assim adiado, mais uma vez – era a quarta tentativa – o saneamento.

Para o presidente da Académica, José Eduardo Simões, que tem servido de porta-voz dos reclamantes, "isto é o limite da baixeza. Não sei se haverá ainda um limite inferior para a baixeza e indignidade, tendo em conta as pessoas que mandam na Liga", afirmou. Vai ver que há. É só esperar os próximos capítulos.

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