A FIFA, entidade que regula o Futebol mundial, proibiu o
Barcelona de inscrever jogadores devido a ilegalidades cometidas na contratação de
jogadores estrangeiros menores de idade. O clube catalão foi ainda multado em 370
mil euros e a federação espanhola em 410 mil euros.
Para um clube de topo, a decisão, assume particular
importância, uma vez que a renovação do plantel, que acontece praticamente
todos os anos, será impossível de realizar antes de junho de 2015. É claro que
o Barcelona vai recorrer para o Tribunal Arbitral de Desporto, que até pode vir
a dar-lhe razão, mas a mensagem é clara e contrasta de maneira flagrante com
aquilo que se passa no nosso país: com a FIFA não se brinca.
Em Portugal vive-se um regime de quase impunidade desportiva,
onde quase tudo é permitido ou passível de penas que, de tão pequenas, nem a simbólicas
chegam – são apenas ridículas. Veja-se, a propósito, a multa de 383 euros
aplicada ao F.C. Porto no caso do atraso no jogo com o Marítimo, para a Taça da
Liga. Outro exemplo, também no campo desportivo, mas no Voleibol, é o do
Atlântico da Madalena, que faltou a um jogo nos Açores porque as despesas de
deslocação da equipa seriam na ordem dos 5.000 euros enquanto a multa por falta
de comparência não ultrapassaria os mil.
Não tendo eu, qualquer formação jurídica, entendo que as
penas previstas em caso de infração não são suficientemente elevadas – tantos as
monetárias quanto as outras, quaisquer que sejam – para terem um necessário
efeito dissuasor. Se esse efeito dissuasor não existir, é sinal de que o crime
compensa. E lá se vai a moralidade e a justiça.
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