(O título é em itálico, para poder ser lido em italiano.
Poderia ser Sad, Sad, Sad, também em itálico, para poder fazer-se a ligação
entre a locução inglesa e a sigla de Sociedade Anónima Desportiva)
Já aqui o escrevi várias vezes: sou 100 por cento da
Académica, o que, matematicamente, me deixa pouca margem para torcer por outros
clubes. Claro que, entre esses outros clubes há alguns que me são “mais
simpáticos” do que outros. Mas, num – pouco provável – confronto direto entre a
“minha” Académica e um desses “mais simpáticos”, em que este necessitasse
absolutamente de ganhar para não descer e a Académica até já nem precisasse de vencer
para se sagrar Campeã, continuaria a “torcer” por uma vitória da Briosa.
Entre a meia-dúzia de outros clubes por que tenho simpatia
encontra-se o Olhanense. Porquê, não sei – não tenho afinidades com Olhão, não convivo
de perto com nenhum dos dirigentes, jogadores, treinador ou adeptos do clube. Ainda
assim, gosto da equipa, tal como gosto do Leixões, do Vit. Setúbal, do
Belenenses, do Marítimo, do Rio Ave e de mais uns quantos.
O que gosto do Olhanense é tão pouco que nem sigo
atentamente o dia-a-dia do clube. Talvez por isso, fui surpreendido com a
nomeação de Abel Xavier como treinador principal no início da época, e fui-o
ainda mais com os resultados, afinal muito satisfatórios, que o jovem técnico
conseguiu. Por isso, fiquei admirado com a sua saída e substituição por Paulo
Alves, igualmente jovem, mas já com currículo.
Entre Abel Xavier e Paulo Alves, há alguns episódios
tristes, como a escolha que a SAD rubro-negra fez de disputar os jogos caseiros
no Estádio Algarve. A decisão levou a protestos dos sócios e simpatizantes
algarvios, que, em dia de jogo, se reuniam no José Arcanjo para ouvir o relato
da partida da sua equipa. Embora à distância, “sentei-me” várias vezes com
eles, por solidariedade.
É muito triste, quando os adeptos se vêem despojados da sua
equipa, separados dela. A SAD do Olhanense, cuja maioria de capitais é detida
por interesses italianos, está a marimbar-se para os sócios do clube e para os
seus adeptos. A equipa passou a ser abrigo de um sem-número de jogadores,
muitos deles de qualidade muitíssimo duvidosa, colocados por agentes que se
estão nas tintas para os resultados desportivos.
O Futebol é uma indústria, um negócio em que alguns ganham
dinheiro. Mas continua a ser – até quando? – uma paixão para muitos mais. Na
semana em que Paulo Alves foi mandado embora e chega Giuseppe Galderisi, faço
votos para que os adeptos do Olhanense voltem a sorrir. Mesmo se a equipa já
não é, verdadeiramente, deles.
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