Inesperadamente, o F.C. Porto deixou sair o seu capitão.
Lucho González, é consensual, já não é o jogador que apaixonou os adeptos do
clube. Perdeu velocidade, talvez clarividência e objectividade e o seu Futebol
tornou-se mastigado, previsível. Mas o argentino é dono de um palmarés
invejável, talvez único: sem ter feito grande trabalho de pesquisa, não me
lembro de nenhum outro jogador que tenha sido campeão de Portugal em todos os
seis anos em que disputou a competição.
Ainda durante a sua primeira passagem pelo F.C. Porto, Lucho
González ganhou o epíteto de El
Comandante. A minha perceção é que a origem do nome tem a ver com a forma como
jogava e fazia jogar, mas também pelas suas qualidades de liderança. Estou em
crer que foi sobretudo isso, mais do que as suas caraterísticas técnicas que o
guindaram à braçadeira de capitão de equipa.
Quando Lucho González deixou o F.C. Porto pela primeira vez
e partiu para França, deixou saudades entre os adeptos. Tantas, que voltou
passados poucos anos e foi aclamado como um herói. E, naturalmente, foi de novo
campeão.
Seria uma ironia cruel que o F.C. Porto não fosse campeão no
ano em que Lucho González vai embora a meio da temporada. Ser considerado
dispensável é um luxo incompreensível.
Sem comentários:
Enviar um comentário