Cristiano Ronaldo está de parabéns. Pela segunda vez na
carreira, arrecadou a maior distinção atribuída a futebolistas: a FIFA Ballon
d'Or. Depois da vitória em 2008, enquanto jogador do Manchester United – numa
altura em que FIFA e France Football tinham prémios separados – o CR7 pôde ver,
final e novamente, ser-lhe feita justiça.
A campanha pela vitória do madeirense tem sido exaustiva,
mas não se percebe porquê. É o próprio Cristiano Ronaldo quem, nos últimos
anos, tem desvalorizado o prémio (ou quem o tem ganho), afirmando que é
secundário. Mais do isso, prescindiu de marcar presença há dois anos, quando
sabia que iria perder para Lionel Messi. É estranho verificar, ainda assim, que
apesar da “desimportância” que dá ao galardão, o capitão português tenha “desaparecido”
das votações do ano passado. Enquanto capitão da Seleção Nacional, Ronaldo
tinha poder de eleger o seu Top 3 mundial. Não podia, infelizmente, votar em si
próprio, pelo que na altura das votações foi o sub-capitão Bruno Alves a votar;
pelo colega de Seleção, naturalmente.
Embora não o tenham dito desta forma, Ronaldo e outros têm
insinuado que as votações estão viciadas para que ganhe sempre o mesmo ou,
neste caso, o CR perca sempre. Por outro lado, Messi, o seu grande rival, tem
sido, de há uns anos a esta parte, absolutamente dominante a nível individual e
coletivo. Muitos afirmarão que o seu domínio se deve ao facto de pertencer ao
Barcelona. A verdade é que o astro argentino tem já uma coleção de Bolas de
Ouro, quase sempre à custa do português.
Ora, numa ano em que a atribuição é, na nossa opinião,
completamente justa, Cristiano Ronaldo perdeu ontem a oportunidade de dar uma
lição a muitos dos seus críticos, aos quais nos incluímos. Se não tivesse
comparecido à gala de atribuição da FIFA, como há dois anos, teria mostrado a
sua superioridade e que, efetivamente, não quer saber de prémios para nada. Mas
não, em vez disso, compareceu, venceu e chorou.
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