Eusébio passou hoje pelo Estádio da Luz, cumprindo-se a sua
última vontade pública. A cerimónia de despedida foi sóbria, como se impunha, e
emotiva, como se previa que acontecesse. Até que alguém, de mau gosto, resolveu
tocar o Hino do Benfica.
Como ontem aqui escrevi, falar de Eusébio como benfiquista é
reduzi-lo a uma dimensão que ele ultrapassou largamente. O Pantera Negra gozou,
em vida, de uma universalidade que desde ontem lhe foi plenamente reconhecida.
Basta ver o número de adeptos de outros clubes que se deslocaram ao Estádio da
Luz para lhe prestar a última homenagem ou do número de cachecóis de outros
clubes, além do Benfica, que foram colocados junto à sua estátua.
A mácula que poderia ter sido o Hino do Benfica na cerimónia
do adeus a Eusébio foi rapidamente corrigida: o Povo, na sua humilde sabedoria, contrariou o protocolo e entoou, espontaneamente, o Hino de Portugal.
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