sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Que critério?

Vem a propósito do post anterior e da “ditadura” imposta pelos clubes “grandes”. No Record de hoje, o jogo amigável de apresentação do Sporting B tem direito a uma página. Mais espaço do que a reportagem do Astreras – Marítimo, jogo oficial, a contar para uma competição europeia onde os madeirenses representam Portugal.

O Sporting B – Académica não contava para nada. E punha frente a frente uma equipa promovida administrativamente à Liga de Honra àquela que, sendo da I Liga é, simultaneamente, vencedora da Taça de Portugal.

E que faz o Record? Dedica toda a página ao Sporting B. Diz que o Sporting B perdeu (mas não diz que a Académica ganhou), que se deixou embalar (mas não diz que a Académica embalou), dá voz a Oceano e a Pedro Mendes, respetivamente treinador e capitão sportinguista (mas não faz o mesmo com o treinador e com o capitão da Académica), diz que Godinho Lopes esteve na tribuna (e deixa o leitor na ignorância quanto à presença do seu homólogo da Académica) e põe o avançado acedemista Edinho a falar do… Sporting B.

O Record faz ainda análise individual ao desempenho de cada um dos 21 jogadores utilizados pelo Sporting B – e só a estes, como se eles tivessem jogado sozinhos.

E escreve que “o facto é que quem estivesse a observar o encontro não seria capaz de concluir que aquela Académica era de 1ª e aquele Sporting da Segunda Liga”. 

Quem ler o Record também não.

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