quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nota artística


Maicosuel, o jogador da Udinese que marcou, à Panenka, o penálti que eliminou a sua equipa no confronto com o Sp. Braga, não deve acompanhar o futebol português. Se acompanhasse, deveria saber que a eficácia é preferível à nota artística. Em Portugal estamos fartos de saber isso, embora ainda haja alguns a privilegiarem a segunda relativamente à primeira. Sem grandes resultados, como se sabe.

Se o ridículo matasse, o nome de Maicosuel teria vindo hoje nas páginas de necrologia. Mas não mata, apenas faz rir uns e desespera outros

Os adeptos do F.C. Porto, por exemplo: no sábado, gozaram o “prato” de um penalti assim, marcado por Jackon Martínez, ao Vit. Guimarães. Tivesse ele falhado e o Tribunal das Antas tinha lavrado sentença de imediato. Ainda assim, não sei o avançado dos dragões repetirá a gracinha. Lembro-me de que há uns três anos o Jeusaldo Ferreira até ameaçou com um soco o Fucile por ter marcado um penalti desses. Foi num jogo particular, ainda durante a pré-época, mas duvido que o defesa uruguaio tenha ficado com vontade de voltar a marcar daquela forma. Procurem no Youtube, deve haver imagens disso.

Não sei como Vítor Pereira terá reagido à forma como Jackson Martínez marcou no sábado. Vítor Pereira não é Jesualdo Ferreira e Jackson Martínez não é Jorge Fucile. Mas o F.C. Porto continua a ser o mesmo. 

Em equipa minha, o Panenka não jogava, porque em futebol de alta competição a eficácia deve sobrepor-se à nota artística e porque tentar ridicularizar os adversários pode sair-nos caro…

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