Há de tudo nas Ligas profissionais em Portugal: equipas que
não conseguem licenciamento para competir, outras que o conseguem sem que se saiba
como; equipas com jogadores a mais, outras que ainda não têm o plantel
completo; equipas que só há quinze dias têm treinador, outras que já vão no
terceiro…
Depois do Atlético ter “perdido” Filipe Moreira e Lázaro
Oliveira, treinadores que estiveram em funções apenas durante alguns dias,
agora foi o Olhanense a deixar fugir Sérgio Conceição.
Em nenhum dos casos estão em causa motivos técnicos ou de
competência para o afastamento (aliás auto-afastamento) dos referidos
treinadores, antes as condições que lhes foram dadas e a distância que vai
entre isso e aquilo que eles próprios desejavam.
O Futebol português está lentamente a ajustar-se a um tempo
de vacas magras. Os clubes estão obrigados a fazer por isso, fruto da perda de
patrocinadores. As Câmaras Municipais nalguns casos (Paços de Ferreira, por
exemplo) e o próprio Governo Regional da Madeira (Marítimo e Nacional) cortaram
completamente ou em parte os subsídios aos clubes e as marcas e empresas
privadas diminuíram largamente os investimentos em publicidade. E os próprios
canais de televisão em sinal aberto desinteressaram-se do negócio e nem
apresentaram qualquer proposta de compra dos direitos de transmissão dos jogos
da Liga, que ficam agora a ser exclusividade da Sport TV.
Entretanto, a Liga de Clubes parece
assistir impávida e serena ao que está a acontecer, quando deveria intervir
imediatamente e tomar medidas que salvaguardem o futuro das equipas e das
competições.
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