sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Crise


Há de tudo nas Ligas profissionais em Portugal: equipas que não conseguem licenciamento para competir, outras que o conseguem sem que se saiba como; equipas com jogadores a mais, outras que ainda não têm o plantel completo; equipas que só há quinze dias têm treinador, outras que já vão no terceiro…

Depois do Atlético ter “perdido” Filipe Moreira e Lázaro Oliveira, treinadores que estiveram em funções apenas durante alguns dias, agora foi o Olhanense a deixar fugir Sérgio Conceição.

Em nenhum dos casos estão em causa motivos técnicos ou de competência para o afastamento (aliás auto-afastamento) dos referidos treinadores, antes as condições que lhes foram dadas e a distância que vai entre isso e aquilo que eles próprios desejavam.

O Futebol português está lentamente a ajustar-se a um tempo de vacas magras. Os clubes estão obrigados a fazer por isso, fruto da perda de patrocinadores. As Câmaras Municipais nalguns casos (Paços de Ferreira, por exemplo) e o próprio Governo Regional da Madeira (Marítimo e Nacional) cortaram completamente ou em parte os subsídios aos clubes e as marcas e empresas privadas diminuíram largamente os investimentos em publicidade. E os próprios canais de televisão em sinal aberto desinteressaram-se do negócio e nem apresentaram qualquer proposta de compra dos direitos de transmissão dos jogos da Liga, que ficam agora a ser exclusividade da Sport TV.

Entretanto, a Liga de Clubes parece assistir impávida e serena ao que está a acontecer, quando deveria intervir imediatamente e tomar medidas que salvaguardem o futuro das equipas e das competições.

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