A situação está longe de ser virgem, mas porque volta a
acontecer deve ser denunciada. Desta vez é Emídio Rafael que é impedido de
exercer a sua profissão e de dar seguimento à função para a qual foi
contratado. Segundo a Imprensa, a razão do impedimento é o próprio contrato do
jogador. Confuso? Nem por isso…
O Sp. Braga está a travar uma luta titânica com o Paços de
Ferreira para assegurar um lugar na Liga dos Campeões do próximo ano. Na
sexta-feira, os bracarenses viram o seu defesa-esquerdo Elderson ser expulso e
muita gente pensou que, na próxima jornada, seria Emídio Rafael, habitualmente
utilizado na equipa B, a substituir o habitual titular. Seria o regresso do
português à equipa principal. Mas parece que isso é algo que não vai acontecer.
Veja-se porquê.
Emídio Rafael foi contratado no mercado de Inverno, após
duas lesões muito graves contraídas quando ainda era jogador do F.C. Porto. O
vínculo tinha (tem) validade até ao final da presente temporada. Mas, talvez
porque houvesse dúvidas quanto à sua recuperação plena, o contrato que assinou
impunha um mínimo de 15 jogos para que a ligação fosse automaticamente renovada
por mais três anos.
Emídio Rafael está a apenas duas partidas de atingir a
dezena e meia e… garantir a renovação do contrato. Segundo o Record de hoje,
esse é “um cenário que desagrada a António Salvador”, o presidente dos
bracarenses. O mesmo jornal acrescenta que “por esse motivo, e sem que fosse
dada qualquer explicação oficial, o jogador não foi convocado para o embate do
Braga B com o Marítimo B”, que se jogou ontem. E, obviamente, não será
utilizado na equipa principal, sendo vítima do próprio sucesso.
A história, que é tudo menos engraçada, faz-me lembrar a
daquele trolha a quem foi prometida uma promoção e correspondente aumento
salarial se construísse determinado muro num determinado tempo. “Está tudo aí. Tijolos,
areia, cimento, é começar a trabalhar e quanto mais depressa acabares, mais
depressa serás promovido” – disse-lhe o empreiteiro. O trolha começou a
trabalhar e a obra seguiu a bom ritmo. Mas, muito antes do prazo terminar,
quando o muro estava quase pronto e ele já
se via promovido e a auferir salários principescos… acabaram-se os tijolos.
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