quinta-feira, 11 de abril de 2013

O Sporting e os sportinguistas

Acompanhei, com a curiosidade e interesse que a dimensão do clube suscita, as recentes eleições para os corpos sociais do Sporting e, antes disso, a lenta agonia da Direção presidida por Godinho Lopes e as suas desavenças com o presidente da Assembleia-Geral, Eduardo Barroso.

Enquanto simples observador – e não adepto do clube – sempre que ouvia Eduardo Barroso perguntava-me como era possível ele fazer oposição sistemática à Direção sendo ele presidente da AG. Não pela oposição em si – que revela, obviamente, um enorme falta de solidariedade institucional – mas sobretudo pela forma como a fazia, qual comentadeiro de programa televisivo e sem a elevação que deveria exigir-se a alguém que ocupa o cargo de presidente da Assembleia Geral de um clube como o Sporting.

As eleições aconteceram e eu pensei que o clima de guerrilha atenuasse um pouco. E talvez isso tenha acontecido durante uns dias. Mas foi sol de pouca dura, como se pode ver pelas declarações de Carlos Barbosa, vice-presidente na direção de Godinho Lopes. Falando à Rádio Renascença, o ex-dirigente não esteve com meias medidas e disse que "os sócios do Sporting elegeram um garoto para presidente”. E acrescentou: “anda muito excitado, aos pulos quando o Sporting marca, mas não tem capacidade para gerir um clube. Vai durar mais um ou dois meses”.

Embora claramente dirigidas a Bruno de Carvalho, as declarações de Carlos Barbosa representam, também e sobretudo, a passagem de um atestado de menoridade aos sócios do Sporting que o elegeram. E isso não me parece aceitável, seja lá quem for Carlos Barbosa.

Durante anos, disse-se que o Sporting tinha os melhores adeptos do Mundo. Não sei dizer quando é que isso deixou de acontecer, mas a verdade é que com adeptos destes nenhum clube precisa de inimigos.


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