A precária situação financeira do clube é do conhecimento de
todos, sendo de estranhar que tenha conseguido reunir os pressupostos que lhe
permitem continuar a disputar o campeonato da 2ª Liga. Já em dezembro, vários
futebolistas rescindiram contrato por salários em atraso (Tozé Marreco,
Roberto, João Pedro e Bruno Di Paula, nomeadamente), mas o clube conseguiu
contratar e inscrever outros a quem, pelo menos a julgar pelo que é publicado
na Imprensa, também não paga. Recorde-se, aliás, que os jogadores fizeram um
pré-aviso de greve que foi entretanto desconvocada por ter sido acionado o
fundo de solidariedade.
É justo que os clubes que não respeitem os seus
compromissos, quer com jogadores – salários, prémios e outras regalias – quer
com outros clubes – direitos de formação, etc – sejam punidos. E a punição
desportiva, através da retirada de pontos, da descida de divisão ou mesmo da
cessação da atividade competitiva em escalões profissionais é eventualmente
aquela que pode ter um maior efeito dissuasor sobre os prevaricadores.
A decisão agora tomada pela FIFA é final e vinculativa e
terá sido já transmitida à FPF a quem compete notificar a Liga. Espanta é que
as dívidas em causa sejam referentes à contratação de jogadores (Rodrigo Café e
Felipe Brochieri) que fizeram parte do plantel na época de 2007/08. Desconheço
quando os clubes credores levaram o caso à atenção da FIFA, mas desde a época
em que aqueles brasileiros jogaram na Naval passaram cinco anos.
Outra coisa a sublinhar: Rodrigo Café jogou 20 minutos no
campeonato; Felipe Brochieri, jogou 12. Um pouco caro para justificar 480 mil
euros. Com negócios destes, não admira a débil tesouraria da Naval…
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