Em Chaves, onde o Desportivo local disputava com o Ribeirão
o acesso à II Liga, o Estádio Engº Branco Teixeira foi pequeno para receber
tanta gente. Um banho de multidão, diz a imprensa de hoje. Em Viseu, houve
festa no Estádio do Fontelo. O Académico, que no fim-de-semana anterior havia conquistado
a subida, fez da última partida o jogo de consagração e recebeu o Anadia
apoiado por sete mil espetadores, segundo rezam as crónicas. No Algarve, o
Sp. Farense também subiu, porque bateu a Un. Leiria num desafio a que assistiram 14
mil pessoas. Finalmente, em Coimbra, Académica e Moreirense, que lutam por não
descer, jogaram perante quase 13 mil pessoas.
Durante muito tempo inventaram-se desculpas para justificar
o afastamento do público dos jogos de futebol. Ele era a televisão, ele era o
desconforto e a insegurança dos estádios, ele era a má qualidade de jogo
praticado. E ele era, finalmente, o preço dos bilhetes.
A todas essas razões eu acrescento mais duas: a mobilidade
das pessoas e a oferta, mais alargada hoje de que antes. Hoje há muito para
fazer, desde ir ao cinema até dar um passeio, porque toda a gente tem carro e
as vias de comunicação levam-nos facilmente a qualquer lado. E os centros
comerciais, que não existiam antigamente, atraem muita gente, mesmo que seja
apenas para ver as montras.
Mas a razão fundamental, em minha opinião, é o preço dos
bilhetes, aquilo em que os dirigentes podem “mexer” mais facilmente. Ponham os
bilhetes mais baratos, como aconteceu ontem naqueles jogos e vão ver como os
estádios voltam a encher, porque é de Futebol que o meu povo gosta.
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