segunda-feira, 20 de maio de 2013

Porta fechada

A história tem pouco mais de um ano. Durante todo esse tempo aguardei, pacientemente, que o protagonista me desse uma oportunidade para a contar. Esperava um golo decisivo, um golo de bandeira, uma chamada à selecção, de que, aliás, chegou a falar-se. Esperava, enfim, um momento alto na carreira, que pudesse amenizar as palavras duras que refreei durante meses.

A oportunidade surgiu agora, mas não pelos melhores motivos.

David Simão é um jovem e talentoso jogador do Benfica, que este ano o emprestou ao Marítimo. Já no ano passado o atleta havia sido emprestado, dessa vez à Académica. A história que hoje conto é dessa altura, quando, já em final de temporada, a Briosa se afundava perigosamente na classificação. O espectro de descida de divisão fez com que uma atmosfera de angústia se instalasse entre os adeptos.

Foi nesse ambiente que David Simão teve um jantar com amigos e colegas de equipa. Confrontado com a possibilidade da equipa descer, o jogador disparou: “Quero que se _oda. Para o ano não estou cá e não!...”

Além de caraterizar uma enorme falta de profissionalismo, estas palavras revelam também completo desrespeito pelos seus colegas de trabalho e pelos sócios, adeptos e simpatizantes do clube que o acolheu. Razão que me levou a pensar que com aquele tipo de atitude, o jogador, por mais talentoso que seja, não iria longe.

Agora foi o Marítimo, que lhe fechou a porta. Amanhã quem será?

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