Nesta silly season que estamos a viver, e que ainda vai
durar mais cerca de três semanas antes de começar o campeonato da Liga, uma das
novelas tem sido a relação entre o Sporting e o seu (ex?) jogador Bruma. O
jovem, com quem o Sporting pensava ter contrato, despediu-se do clube e
encontra-se em parte incerta, provavelmente sem se preparar fisicamente de
maneira apropriada, à espera que o seu futuro seja definido.
Como não sou jurista e desconheço os contornos legais do
diferendo limito-me a um lugar-comum: jogador e clube têm legitimidade para defenderem
aquilo que pensam ser os seus direitos.
Além da questão jurídica, no entanto, há a questão profissional
e humana. Há um jogador que está impedido (mesmo que auto-impedido, se quiserem)
de exercer a sua profissão numa altura crucial da temporada, aquela em que os
treinadores “montam” as equipas com o plantel que irão ter à sua disposição. O
jogador é jovem e tem, ao que parece, um potencial futebolístico imenso. Será
que também a forma psicológica necessária para ultrapassar este período atribulado
da sua carreira? Espero que sim, porque seria pena que, por uma qualquer
tolice, um grande talento se perdesse entre as brumas da memória.
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