terça-feira, 31 de julho de 2012

Deceção

Ponto prévio: Não sou benfiquista nem conheço pessoalmente o Nélson Oliveira. Sou um “simples” adepto de futebol que vê no jovem avançado potencial para chegar longe.

O Benfica vai emprestar Nélson Oliveira (e também o defesa central Roderick Miranda) ao Deportivo da Corunha. Na minha opinião é o futebol português quem fica a perder, numa altura em que escasseiam os jovens talentos nacionais para a função específica de ponta de lança.

Nélson Oliveira participou no último Campeonato da Europa, tendo sido sempre uma segunda escolha, depois de Hélder Postiga, a quem o seleccionador Paulo Bento deu a titularidade. Quando Postiga se lesionou foi substituído por Hugo Almeida, mas Nélson Oliveira foi utilizado em quatro dos cinco jogos da fase final. E apesar de não ter marcado qualquer golo, sempre “mexeu” mais com a equipa do que o possante avançado que joga no Besiktas, que é mais um jogador de área, muito estático.

Estava convencido que Nélson Oliveira chegaria do defeso com estatuto para disputar a titularidade no seu clube ou, pelo menos, assumir-se como uma alternativa válida ao mal-amado Oscar Cardozo. Afinal, nem o facto de ser português – e sabe-se o quanto isso é importante para garantir as cotas nas provas da UEFA – chega para se manter no plantel. Depois de um ano no Benfica e empréstimos a Rio Ave e Paços de Ferreira nas temporadas anteriores, é evidente que novo empréstimo constitui um retrocesso na sua carreira desportiva.

É verdade que o treinador Jorge Jesus conta com muitos jogadores para a frente do ataque, mas ainda assim fico dececionado por ver um jovem jogador português ser emprestado, ainda por cima a um clube estrangeiro, ficando portanto mais longe dos olhos de quem segue apenas o futebol nacional.

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