domingo, 1 de julho de 2012

Sacanice

A palavra não vem no dicionário, mas todos sabemos o que quer dizer. Vem isto a propósito da notícia publicado no Record:
“Os sete diários de circulação nacional auditados pela APCT (…) perderam, em comparação com 2011 e no primeiro quadrimestre, quase 40.000 exemplares/dia de vendas em banca, sendo a maior queda protagonizada pelo “Jornal de Notícias”, da Controlinveste, que cai 16.838 exemplares/dia e vende menos 20.4% que no ano passado. A seguir vêm “O Jogo”, com menos 16,4% e o Diário de Notícias, com menos 13,7%, ambos igualmente do grupo de Joaquim Oliveira. Em relação ao seu concorrente auditado, “O Jogo”, Record aumentou a sua quota de mercado de 69 para 71%.”

Quem ler a notícia distraidamente, talvez não repare na omissão – acredito que voluntária – de qualquer dado concreto sobre os títulos da Cofina. Destes, apenas o Record é citado, mas aí, deixa de falar-se em “número de exemplares” – que baixou, torna-se óbvio com uma leitura mais atenta – mas de aumento de “quota de mercado” para 71 por cento podendo deixar os leitores mais desatentos a pensar que este título está em contraciclo.
Se A Bola não é auditada e O Jogo foi o segundo nas perdas, é evidente que o Record “aumentou a quota de mercado”…

Se (alguns) jornais e (alguns) jornalistas fossem mais sérios com os seus leitores, talvez estes comprassem mais jornais.

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