quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Domingo é dia de Futebol

Acabei hoje o Eterno Domingo – O Futebol em Oito Jornadas, de Ricardo Namora, cuja leitura pude finalmente fazer, nos últimos dias. Como já várias vezes repeti, fico fascinado por haver ainda quem escreva livros, quando hoje é tão mais fácil usar a internet, as novas plataformas de comunicação e tutti quanti. Mas ainda bem – é a única forma de eu ler…

Do autor, pouco sabia: apenas que era futeboleiro – mais tarde fiquei a saber que, além disso, foi mesmo futebolista, oriundo de uma família de jogadores, meus ídolos de infância, e treinadores com história no nosso País – mas isso não é habilitação bastante para publicar um livro. Aliás, quando comprei o Eterno Domingo, fiquei um pouco de pé atrás, ao ler o Prefácio, assinado pelo jornalista José Nunes, onde o livro é apresentado como, “em primeira instância, um ensaio reflexivo sobre o jogo”.

Mas não é. Ao longo de um pouco mais de 200 páginas, Ricardo Namora senta-nos ao seu lado e viaja connosco. Em oito jornadas, leva-nos a conhecer o futebol brasileiro, o alemão, o espanhol, o italiano, o inglês, o japonês – e, claro, o nosso. Numa escrita límpida, simples, leve e bem-disposta, (embora pontuada por um excesso de parêntesis, que poderia ter evitado), o autor “conversa” connosco e partilha as suas opiniões sobre o Futebol como desporto e fenómeno social. Enganou-se José Nunes ao classificar de ensaio o livro de Ricardo Namora. O Eterno Domingo é um romance que conta a história de um homem que se apaixonou pelo Futebol.

Com os hábitos de leitura que temos, receio que o Ricardo Namora não enriqueça com a publicação deste livro. Em contrapartida, o leitor, esse, fica muito mais rico. E esse é o maior elogio que se pode fazer a Eterno Domingo.

Sem comentários:

Enviar um comentário