quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Intruso

Acabou finalmente – arrastava-se desde 8 de setembro, com jogos em oito datas diferentes – a segunda fase da Taça da Liga, que apurou os oito clubes que irão juntar-se àqueles outros tantos que foram os primeiros no campeonato da época passada e que disputarão a Fase de Grupos. Dos oito agora qualificados, sete são da I Liga e apenas um da Liga de Honra, a Naval.

Com o modelo competitivo que tem sido adotado, mais valia que na Taça da Liga participassem apenas clubes do primeiro escalão: os regulamentos privilegiam-nos tanto, que muito dificilmente saem derrotados nos confrontos com equipas da Liga de Honra, que são forçados a jogar, muitas vezes à quarta-feira, sem a devida compensação financeira, uma vez que aos jogos assistem escassas centenas de pessoas.

O ideal seria mesmo acabar com a proteção aos clubes ditos “grandes” e haver sorteio aberto para todos desde a primeira fase. Para a notoriedade da competição, o ideal seria mesmo que os jogos se disputassem todos nas mesmas datas, podendo haver um – ou dois, vá lá – cuja data e hora pudesse ser alterada para o dia anterior ou para o dia seguinte, de forma a poderem ser televisionados. Para o interesse competitivo da Taça da Liga, o ideal seria que o seu vencedor tivesse acesso automático à Liga Europa.

Tenho a convicção de que se estes pressupostos fossem seguidos, os clubes encarariam a competição com maior seriedade – mesmo para com os seus adeptos – e apresentariam nos seus jogos as primeiras equipas e não as reservas e as partidas despertariam muito maior interesse junto do público.

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